sábado, 24 de fevereiro de 2024

LIÇÃO 09: O BATISMO – A PRIMEIRA ORDENANÇA DA IGREJA (ADULTOS)

 



Texto bíblico em classe: Romanos 6.1-11
Hinos sugeridos da harpa cristã: 289, 447, 470

Vejamos uma prática cristã importante – o batismo nas águas. Vemos que João Batista, Jesus Cristo e seus apóstolos, e mais tarde os cristãos da igreja primitiva praticavam o rito do batismo. Portanto é uma prática muito importante para a Igreja de Cristo. No entanto, como todas as doutrinas cristãs, a prática do batismo sofreu desvios tanto no propósito como na forma ao longo da história. Portanto, é necessário deixar a Bíblia falar para cumprir o verdadeiro propósito para o qual esta importante prática foi criada.

Palavra-chave: Batismo

PRESSUPOSTOS BÍBLICO-DOUTRINÁRIOS DO BATISMO

O batismo considerado um sacramento: A origem do erro. A tradição católica e algumas partes do protestantismo histórico consideram o batismo um sacramento. A palavra “sacramento” vem do latim sacramentumntum, que significa um sinal sagrado capaz de dar graça a quem dele participa. Nesse sentido, Agostinho (354-430 d.C.), o bispo de Hipona que trouxe esse desvio para a Igreja, entendia que o batismo como sacramento é um ritual que confere graça espiritual, independentemente da fé de seus praticantes. Esta compreensão teológica doutrinária define o sacramento como um sinal visível da graça invisível. De acordo com algumas tradições cristãs, o batismo torna-se necessário para a salvação. O batismo não é um sacramento, mas uma ordenança de Cristo: O ensinamento da Bíblia sobre o batismo diz que é uma ordenança, não um sacramento: “Ide, portanto, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). Assim, o batismo não tem poder mágico que possa dar graça à salvação. A Bíblia ensina que o batismo é uma ordem dada por Cristo àqueles que já receberam a graça, e não àqueles que desejam receber a graça através dele. Os adultos devem batizar: O mesmo Agostinho que entendeu o batismo como um sacramento. Ele também argumentou que as crianças, por terem nascido com o pecado original, precisavam do batismo para serem salvas. Neste caso, eles deveriam ser batizados para cancelar o pecado original. Aparentemente, esta compreensão do Bispo de Hipona contradiz o ensinamento de Cristo, segundo o qual as crianças fazem parte do reino de Deus: Mas Jesus disse: “Não impeçam que os pequeninos venham a mim, porque o reino dos céus pertence para eles. a tais como estes" (Mt 19,14). Portanto, no Novo Testamento não há nenhum vestígio do batismo de crianças, como nosso Senhor disse que aqueles que crêem devem ser batizados (Marcos 16:16). Uma criança que ainda não atingiu a idade da razão não tem maturidade para acreditar e fazer escolhas.

O SÍMBOLO E O PROPÓSITO DO BATISMO

Símbolo do batismo: Identificação com Cristo, o batismo por imersão simboliza a união do crente com Cristo através de sua morte, sepultamento e ressurreição. O apóstolo Paulo confirma esta verdade aos cristãos de Roma (Romanos 6.3-5). Assim, o apóstolo mostra que sair da água em que foi imerso descreve com precisão a identificação do cristão com a ressurreição de Cristo. A mesma verdade também é afirmada na carta aos Colossenses: “Vocês, que foram sepultados com eles no batismo, ressuscitaram com ele pela fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos (Cl 12,12). Simboliza que o cristão morreu para a velha vida e agora entrou numa nova vida em Cristo. O propósito do batismo: É o testemunho público do Cristianismo. No contexto da fé bíblica, o batismo é uma confissão pública de fé. Isto significa que o crente, quando desce as águas batismal, testemunha publicamente ao mundo sobre sua nova vida em Cristo (Atos 2:41). Quem quiser ser batizado deve estar convencido e consciente da fé que aceitou. Finalmente, o batismo é para pessoas salvas e convertidas que estão prontas para seguir Jesus (Atos 8.12; 16.14,15). Não há espaço para indecisão: Apenas cristãos indecisos recusam o batismo. Às vezes é porque o significado da ação não é conhecido. Às vezes é falta de confiança. No primeiro caso, o crente às vezes percebe que depois do batismo não poderá mais cometer erros. Embora a Bíblia mostre que o crente deve evitar o pecado (1ª João 2:1), o batismo não pode ser considerado uma vacina que imuniza o cristão contra o pecado. Isto pode ser superado se andarmos no Espírito (Gl 5:15). Por outro lado, muitos rejeitam o Batismo justamente pela falta de conversão. Eles estão cientes das consequências deste ritual e não querem cortar o cordão umbilical com o mundo.

A FÓRMULA E O MÉTODO DO BATISMO

Batismo com a fórmula da Trindade: Durante a Grande Missão, Jesus ensinou aos seus discípulos: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). Esta é a fórmula trinitária do batismo cristão. Isto porque este texto menciona três pessoas da Trindade: O Pai, O Filho e O Espírito Santo. Um Deus, três pessoas diferentes com uma natureza. No ritual batismal, a apresentação de Jesus deve, portanto, ser seguida da invocação do nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Fórmula batismal herética: Nem todos os grupos da tradição cristã seguem a fórmula da Trindade. Existem grupos que seguem uma espécie de doutrina modeladora. Por exemplo, unicismo. Este grupo batiza seus membros apenas em nome de Jesus. O apoio bíblico para isto é encontrado em alguns textos do livro de Atos onde a prática da Trindade é considerada proibida (Atos 2.38; 19.5). Deve ser dito que estes textos não negam a fórmula trinitária nem negam a Trindade. Na verdade, diz-se que o batismo ocorreu segundo a autoridade de Jesus, isto é, baseado naquilo que Ele fez e ensinou. Imersão: O método bíblico de batismo. Deve ser dito que não há nenhum vestígio de batismo pelo batismo no Novo Testamento. Este tipo de batismo se caracteriza pela aspersão do candidato com água. Entretanto, o contexto do Novo Testamento mostra claramente que o Batismo nos dias bíblicos era por imersão. A palavra grega baptizo possui o sentido de “mergulhar” e “submergir” tanto na Bíblia como fora dela. Vários textos bíblicos mostram a prática bíblica do Batismo por imersão: o povo saía para ser batizado por João no (dentro de) rio Jordão (Mc 1.5); da mesma forma, quando foi batizado, Jesus “saiu da água” (Mc 1.10); João batizava onde havia muita água (Jo 3.23). 

CONCLUSÃO

Através do batismo, nos identificamos como Jesus Cristo e tornamos nossa fé conhecida pelas pessoas

EBD - Edificando você!!!

Fonte: Revista da CPAD 




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