sexta-feira, 31 de julho de 2009

Haverá paz no vale?



Um “vale”, geograficamente falando, é uma depressão entre montanhas; e depressão de um terreno pode significar uma baixa no relevo. Em outras palavras, um sulco, ou uma fenda, ou um buraco de grande extensão. Imagine-se dentro de um vale com a descrição acima, imagine-se perdido.
Como se você, inesperadamente, tivesse ido parar, dentro de um buraco escuro. Pronto. Isso que você imaginou é o que comumente todos sabem sobre passar por um vale, ou passar por um vale de sombras, ou estar dentro de um profundo abismo, um vale de dor. A palavra vale é sim uma grande depressão em uma planície, entre montes, ou no sopé de montanhas. Mas o que pouca gente sabe é que quase sempre um vale é banhado por um rio. A palavra vale é encontrada na Bíblia 188 vezes no Velho Testamento e 1 vez só no Novo Testamento. Para se ter uma idéia, o Vale do Jordão (muito conhecido pelos textos bíblicos) era, e até hoje é, o maior da Palestina, chega à cerca de 426 metros do nível do mar. Se pegarmos o mapa da Palestina, veremos que os maiores vales descritos na Bíblia (Jordão, Jezreel, Acor, Aijalom, Escol, Hebron, Sidim, Siquém, Basã e Moabe) estão muitos próximos às fluentes de águas. Se entrarmos subitamente em um período sombrio de nossas vidas, saindo das planícies verdejantes, retas, planas, constantes, de paisagem bela e fresca e caímos numa depressão – que é o vale – e nos sentimos completamente sem recursos, com medo e pavor de que tudo possa ficar pior; quero que perceba que este vale fica perto do frescor das águas. O fluir “de águas” na Bíblia é símbolo do fluir do Espírito Santo. O frescor de águas que matam nossa sede de justiça, águas que curam feridas, águas que nos alivia do calor do sofrimento. Porque eu sei que o seu vale pode ser um vale de lágrimas; pode ser um filho que lhe preocupa; pode ser um trauma do passado; pode ser falta de prazer nas coisas simples da vida. Pode ser uma doença; pode ser um anseio por libertação de algo que lhe subjuga e humilha. Embora tenhamos essa imagem de sofrimento dos vales profundos e escuros, quero que se firme também sobre a descrição bíblica de vales próximos a águas refrescantes. Haverá paz no vale? Será possível? Digo-lhe o que sei muito bem: fiquei desesperado muitas vezes, reclamei muito por pensar que Deus havia me abandonado, pensei que não ia jamais me levantar, que ia ficar no chão, prostrado. De repente, via, como que por um milagre, o poder de Deus me erguendo, dando-me condições de caminhar, de sorrir de novo, de crer na vida espiritual renovada, de passar pela prova e ser recompensado com um alívio profundo e real em minha alma.
Meu irmão, aonde há um vale; bem próximo, há frescor e refrigério.

Por: Anderson Rogério

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