Texto bíblico em classe: 1ª
Corintios 11.17-34
Hinos sugeridos da harpa cristã: 199,
233, 482
A Ceia do Senhor é uma outra importante
ordenança à Igreja de Cristo. É um ritual que o próprio Senhor Jesus
estabeleceu e que atrai toda a comunidade até hoje. Esta celebração também tem
sido a identidade da igreja há séculos. Nesta lição tentaremos entender o
propósito e a forma da Ceia do Senhor segundo a Bíblia, por isso explicaremos o
ensino bíblico sobre a Ceia do Senhor e discutiremos seu significado histórico.
Palavra-chave: Comunhão
I – A NATUREZA DA CEIA DO
SENHOR NA TRADIÇÃO CRISTÄ
NA TRADIÇÃO ROMANA, o
romanismo leva literalmente as palavras que Jesus disse quando se trata
dos elementos da Ceia do Senhor: “Este é o meu corpo (Lucas 22:19);
“Este cálice é [...] o meu sangue” (Lucas 22:20). segundo esse entendimento, os
ingredientes da Ceia do Senhor tornam-se o CORPO E O SANGUE DE CRISTO
durante a cerimônia. Este ensinamento é chamado de transubstanciação. Há pelo
menos dois problemas com esta interpretação. A primeira é basicamente lógica
porque quando Jesus celebrou a última Páscoa Ele estava presente e,
portanto, não poderia estar fisicamente no pão, muito menos no cálice, porque
estava fisicamente ali. Por outro lado, compreender estas palavras
literalmente, em vez de metaforicamente, cria problemas exegéticos. Por
exemplo, Jesus disse que ele é a porta (João 10:9). Obviamente, Ele não
quis dizer uma porta literal. NA TRADIÇÃO PROTESTANTE, a tradição
luterana difere da tradição católica ao negar que os elementos da Santa Ceia,
o pão e o vinho, se transformem ou se transformem no corpo e sangue de Cristo,
mas insiste que o pão contém o corpo físico de Jesus. Este entendimento
luterano é chamado de consubstanciação. Como se pode verificar, Lutero não
conseguiu libertar-se completamente da tradição católica quando apresentou uma
versão modificada dos seus antigos crepes. A POSIÇÃO PENTECOSTAL, a tradição
pentecostal entende que o pão e o vinho não se tornam fisicamente o corpo de Jesus
e Jesus não está fisicamente presente neles. Assim, o pão e o vinho
simbolizam o corpo e o sangue de Jesus. No entanto, Jesus está
espiritualmente presente nos símbolos da Santa Ceia (Mateus 18:20). Esta
é a posição da maioria dos pentecostais. Enfatizamos também a lembrança na
celebração da Ceia do Senhor. Neste sentido, a comunhão é para quem está
em comunhão, não para dar a comunhão. Esse entendimento é consistente com o
ensino do Novo Testamento sobre a Ceia do Senhor.
II – O PROPOSITO DA CEIA DO
SENHOR
CELEBRE A EXPIAÇÃO DE CRISTO,
escrevendo sobre a Ceia do Senhor, o apóstolo Paulo enfatizou o
propósito desta celebração para proclamar a morte do Senhor (1ª Coríntios 11,26).
Neste caso, a Ceia do Senhor aponta para o Calvário. Celebra a vitória
de Cristo na cruz sobre o pecado, a morte e o diabo (Hb 2.14,15). Através da
morte de Cristo na cruz, fomos justificados e reconciliados com Deus (2ª
Coríntios 5.21). É por isso que durante a Ceia do Senhor celebramos a
vitória de Jesus na cruz, que também é a nossa vitória (Apocalipse
12.11) PROCLAMAMOS A SEGUNDA VINDA DE CRISTO, a Ceia do Senhor
anuncia a sua segunda vinda (1ª Coríntios 11:26) e, portanto, a celebração da Ceia
do Senhor tem significado escatológico. Quando essa bendita esperança é
perdida, a Igreja torna-se secular. Assim, durante a Ceia do Senhor,
refletindo sobre a vitória de Jesus na cruz, a igreja olha para o
passado, mas também para o futuro, esperando e desejando a sua segunda vinda.
Pensando no retorno de Cristo, a comunidade lembra que Ele é um peregrino nesta
terra e a sua pátria não está aqui (Fl 3.20,21). CELEBRE A COMUNHÃO CRISTÃ,
um dos motivos que levou o apóstolo Paulo a escrever sua primeira carta aos
Coríntios estava relacionado à divisão entre os irmãos desta igreja (1ª Coríntios
1.11). Esse foi um problema recorrente entre os coríntios e aconteceu também
durante a comemoração da Ceia do Senhor. Paulo os repreende por isso (1ª
Coríntios 11:17). A atmosfera de fraternidade e companheirismo deixou de
existir (Atos 2:42: 1ª João 1:7). Neste sentido, alguns não esperavam que
outros celebrassem juntos a comunhão (1ª Coríntios 11,22). Se houver espírito
de divisão, brigas e intrigas entre os fiéis, a celebração da Ceia do Senhor perderá
o sentido.
III – O MODO DE CELEBRAÇÃO DA
CEIA DO SENHOR
O QUE É PARTICIPAÇÃO INÚTIL? Com
relação à consagração da Ceia do Senhor, Paulo alertou contra o perigo
de participar indignamente da Ceia do Senhor. (1ª Coríntios 11.27) A
palavra portuguesa para “inútil” é uma tradução do advérbio grego anariós. Um
advérbio indica a maneira ou maneira como algo é feito, enquanto um adjetivo
indica seu estado. Nesse sentido, este advérbio altera o verbo comer e
refere-se ao modo ou maneira como os coríntios tomavam a Ceia do Senhor
de forma indevida, quando não esperavam uns pelos outros, de forma
indisciplinada, quando comiam mais do que bêbados desrespeitosamente (1ª Coríntios
11 / 18.21,22). LADO HONROSO, se Paulo tivesse usado um adjetivo que
expressasse estado, qualidade ou natureza em vez de um advérbio que expressasse
modo ou maneira, então ninguém poderia participar da Santa Ceia, porque ninguém
é digno (1ª Coríntios 11,27) nós mostramos, não, e assim é. É verdade que
participamos da Ceia do Senhor não porque somos dignos dela, mas por
causa da graça de Deus. Contudo, ninguém deve ser tentado a pensar que, por ser
um pecador perdoado, pode participar na comunhão enquanto vive conscientemente
no pecado. Se uma forma simples e desrespeitosa de celebrar a comunhão atrai o
julgamento divino, o que podemos dizer sobre aqueles que participam de pecados
não confessados? O pecado não confessado atrai o julgamento divino. CELEBRAÇÃO,
a Ceia do Senhor celebra a morte e ressurreição de Jesus, não o
seu sepultamento. Portanto, deve ser uma celebração respeitosa, mas solene (1ª Coríntios
3.78). Nosso Redentor vive e, portanto, devemos prová-lo na Ceia do Senhor.
Portanto, deve haver uma atmosfera de respeito e ao mesmo tempo de alegria abundante.
CONCLUSÃO
Nesta lição, sob diferentes
perspectivas, vimos alguns aspectos que revelam o sentido e propósito da Ceia
do Senhor. Não é um sacramento, que de forma mágica concede graça aos que
dela participam nem tampouco uma vacina para dar comunhão a quem não tem. Na
verdade, o direito de celebrar essa importante ordenança é o resultado da graça
que foi concedida a cada crente. É necessário ter esse discernimento quando se
participa desse rito cristão. Trata, pois, de um ato que não pode ser celebrado
de qualquer jeito ou maneira
EBD - Edificando você!!!
Fonte: Revista da
CPAD